quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Terrodrome: Pancadaria entre ícones do terror!



Finalmente, chegou o halloween. Aquele mês mágico dedicado a todos os monstros, aberrações, psicopatas e cruz credos que nos faziam cagar de medo na infância e que passamos a adorar na adolescência e idade adulta. Sim! E que melhor meio de começar este mês glorioso, do que com um game de porrada entre monstros clássicos dos filmes? Sim, senhoras e senhores, eu lhes apresento: Terrordrome!


É bem possível que você nunca tenha ouvido falar deste game, o que é compreensível. É um game totalmente produzido por desenvolvedores independentes e distribuído gratuitamente na internet. Sua produção começou em 2005 e finalmente chegamos à versão final (2.9, se não me engano) Entre 2013 e 2014. É um game de luta 2D com muitos elementos do clássico Mortal Kombat, e com uma seleção de combatentes tão incrível quanto.


A cereja no bolo sem dúvida é o elenco de personagens, que é bem variado, indo de clássicos como Jason e Freddy Krueger, até personagens relativamente desconhecidos, como Matt Cordell, Tallman e Pumpkinhead (ganha um doce quem me disser de que filme cada um deles vem), agradando tanto os fãs casuais de terror quanto os mais hardcore. Cada personagem possui golpes e poderes bem fieis aos filmes, além de atributos similares também. Aliás, é importante descobrir com que tipo de personagem você se dá melhor. Personagens como Jason, Michael Myers e pumpkinhead são mais fortes e seus golpes causam mais dano, mas são bastante lentos. Já outros, como Herbert West, Ghostface e Ash Williams, são mais rápidos e conseguem encaixar sequências de golpes maiores. Há personagens que se dão melhor usando seus poderes para atacar á distância ou rapidamente, mas não são efetivos em combate direto, como Candyman e Pinhead.  E tem o Chucky, que é um lazarento, pestilento, sarnento, arruaceiro, gato polar que é quase impossível de acertar e sempre te ataca por baixo ou por cima. Boa sorte contra esse filho da puta.



O game não possui trama fixa, mas cada personagem possui uma campanha com história própria, que consiste em algumas imagens com texto no início e no final de cada campanha, como na já citada série MK. Esses modos história trazem diversos elementos e referencias aos filmes e apresentam várias referências e crossovers entre personagens muito legais. E o mais legal é que as campanhas de alguns personagens se cruzam, interferindo umas nas outras. Há também um modo online, que eu não consegui conferir porque a minha net não funciona como deveria.




Não há muito o que falar da mecânica, pois é basicamente a de MK. Você pode andar para frente e para trás, abaixar, pular e lançar golpes especiais através de combinações de botões. Além disso, há o golpe especial Unleashed, que possui duas variações para cada personagem e é ativado quando a barra abaixo da sua barra de vida fica completa, e o helper, que é um determinado objeto diferente para cada personagem que pode ter diferentes efeitos num inimigo, como paralisar, por exemplo, e pode ser usado duas vezes no máximo. Infelizmente, nada de fatalities.

Para cada personagem, há um cenário referente. Os cenários são muito bem recriados e reproduzem os locais dos filmes com grande fidelidade. Há até alguns easter eggs, alguns mais simples de achar, e outros que apenas aqueles com os olhos mais bem treinados conseguirão encontrar.

A trilha sonora também é muito boa. Cada cenário possui a trilha sonora de seu respectivo filme. Não é original, mas é bem escolhida. Se há alguma música tema de filme de horror que você realmente ama, é bem capaz que ela esteja aqui.


O gráfico é simples, mas, para um jogo desse calibre, satisfatório. Os personagens são bem construídos e realmente lembram suas contrapartes dos filmes, tanto em forma quanto na maneira de se movimentar. Os cenários também são muito bem feitos e bastante detalhados.

Apesar disso, o game apresenta alguns problemas. Há certos Lags e glitches que causam os mais diversos efeitos no jogo, por exemplo, fazendo com que seu personagem não se mova, crie "clones" de si mesmo ao ser golpeado, fique suspenso no ar ou só se mexa se levar  primeiro golpe. Felizmente, a maioria desses bugs pode ser evitada diminuindo a velocidade no menu de opções do jogo (velocidade de 10 ou 11 é a mais adequada). O pior defeito, no entanto (pelo menos na versão que eu joguei) são os bugs no modo história. No final, as letras e imagens ficam empilhadas umas sobre as outra e fica impossível de ler, embora também possa ser efeito da velocidade. Se na versão que você jogou não havia esse defeito, por favor avise nos comentários

Por fim, se tem uma coisa que podemos dizer de Terrordrome, é que ele é um game feito com muito amor. Os criadores eram fãs de filmes de horror e tentaram criar um jogo de luta que representasse e respeitasse os personagens originais, e conseguiram. Apesar dos defeitos técnicos, que às vezes realmente estragam a diversão, esse game tem bastante personalidade e consegue compensar, na maioria das vezes, pelos seus defeitos. E para as condições em que foi produzido, por uma equipe independente, sem nenhum patrocínio e levando anos para ficar realmente pronto, apresenta um resultado bastante satisfatório. O jogo ganha uma nota 8. É muito bom e é perfeito para essa época o ano. Então, joguem terrordrome, porque se tem um jogo independente que merece amor, é esse.

bem, por hoje é só. Volto em breve, com mais um artigo de halloween.

Sim, também será sobre videogames.

Até a próxima!




Nenhum comentário:

Postar um comentário